sexta-feira, 13 de abril de 2012

ABORTO, SIM OU NÃO ???

Olá galera !!! Na era dos videologs, muito, mas muito tempo depois, volto a escrever nesse famigerado blog novamente porque gosto mesmo é de digitar enquanto penso. Vou tratar de um assunto que quase não gera polêmica e que esteve no foco de todos os tipos de mídia nessa última semana pelo fato de o STF estar julgando a legalidade do aborto em casos de fetos anencéfalos (que não possuem formação cerebral). A grande questão envolvida nesse processo é o modo de vida que os bebês teriam ao nascer, já que não haveria condições de sobrevivência sem o principal órgão do corpo humano a comandar essa incrível máquina. O que me questiono diante disso tudo é: 1 - Que direito tem o Estado sobre isso? 2 - Que direito tem o Estado de decidir quem pode e quem não pode nascer fruto de seja lá qual for a relação ? Eu respondo que nenhum. Vejam bem: eu não sou a favor de aborto em caso nenhum. Por vários motivos que já passei inclusive na minha vida pessoal e que se tivesse acontecido me arrependeria amargamente o resto da minha vida. Mas também não sou a favor que o Estado proíba quem estiver afim de realizar um aborto seja por que motivo for. O Estado tem que criar leis que regulamentem nossa vida em sociedade, mas não pode decidir pelo nascimento de ninguém. - Já sei, lá vem vocês dizerem que o Estado tem o dever de zelar pela vida do cidadão, e se o feto já possui vida o Estado tem que protege-lo também. Beleza !!!! e a pílula do dia seguinte? é uma forma de aborto ? É distribuída gratuitamente nos postos de saúde pelo mesmo Estado que proíbe o aborto, mas que libera em caso de estrupo de menor com menos de 14 anos e que liberou nesse caso dos anencéfalos também. O que eu quero dizer com isso, é que o homem, quer dizer, a mulher (porque no final das contas é ela que se fode mesmo) tem todo o direito de decidir se ela quer aquela gestação ou não, se quer aquele filho ou não, se tem condições sentimentais, financeiras, afetivas e psicológicas de ter aquele filho ou não. Vejam bem, ninguém decide realizar o aborto de um bebê planejado. Normalmente o aborto só ocorre após uma gravidez indesejada. E outra coisa aqui só pra finalizar. Os abortos sempre irão existir, queira o Estado ou não, o que temos que saber é, se vamos continuar deixando adolescentes morrerem de infecção após enfiarem uma agulha de crochê na pisirica, mulheres paupérrimas morrerem em clínicas de aborto de fundo de quintal, mulheres adoecem por infecção causados por esse mesmo mal ocupando leitos dos nossos hospitais. Ou criaremos mecanismos de saúde pública para que as mulheres possam realizar o aborto (que, novamente, eu acho abominável)de maneira segura e com menos risco e menos dano de saúde. Que cada um possa viver com sua consciência sabendo que todo ato gera consequências e que decidam o que é melhor para suas vidas, e deixem que a máquina do Estado cuide de outras questões. Forte Abraço

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